O projeto Cerâmica Saramenha completa três anos de atuação na preservação e difusão dessa tradição artesanal mineira, considerada em risco de desaparecimento. Desde 2022, foram realizadas dezenas de oficinas, vivências, palestras e publicações, com destaque para o trabalho educativo em escolas e universidades. A terceira edição da iniciativa, realizada em 2024, contou com 20 atividades, sendo 15 vivências e 5 palestras. A mais recente ocorreu em 9 de maio, com alunos da Escola Municipal Geraldo Marino, em Ouro Branco.
A iniciativa é
patrocinada pela Gerdau, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de
Minas Gerais, e tem gestão da ADESIAP Minas. Leonardo Ricart, o Mestre Léo,
considerado um dos últimos detentores da técnica, afirmou que participar do
projeto e levar a cerâmica para as escolas foi uma experiência enriquecedora,
reforçando a importância de preservar e transmitir o conhecimento ancestral.
Bruno Castilho,
gerente de Responsabilidade Social da Gerdau, destacou o papel cultural da
técnica para a região e a relevância de apoiar iniciativas que fortalecem a
identidade local. Já Rosane Barros, coordenadora da ADESIAP em Ouro Branco,
salientou o compromisso da agência com a continuidade da tradição e anunciou a
expectativa para 2026: consolidar a formação de novos artesãos através de
cursos especializados.
Entre as atividades
programadas para o próximo ano estão uma palestra aberta ao público em Ouro
Branco, um curso imersivo com duração de seis meses, e dez novas vivências em
escolas. A técnica da Cerâmica Saramenha remonta ao século XIX e foi
introduzida por imigrantes portugueses. Hoje, poucos mestres mantêm viva essa
tradição, como Leonardo Ricart, que foi discipulado por Mestre Bitinho
(1918–1998).
Mais informações
estão disponíveis no site oficial www.ceramicasaramenha.art.br e nas redes
sociais do projeto.